BLOG EM MANUTENÇÃO

"O estudo aguça a inteligência, ativa o raciocínio, rejuvenesce o homem.
Aquele que não estuda e não pensa é um capital que não rende e consome a si próprio.
Pelo contrário, aquele que estuda, valoriza constantemente a sua pessoa e serve de um modo indiscutível à própria coletividade."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O mundo está envelhecendo"


"O mundo está envelhecendo." Diz o Ministério da Saúde.

Nas últimas décadas tem ocorrido um importante processo de envelhecimento populacional no Brasil e em todo o mundo. Isto vem despertando o interesse das pessoas em descobrir mais sobre este fato, buscar pelo envelhecimento saudável, por qualidade de vida, por fórmulas milagrosas para adiar este fato, dentre outros.
Papaléo (p.28, 2006) em seu livro intitulado Geriatria, diz que “a partir de meados da década de 1940, experimentou-se uma importante queda na mortalidade, devido principalmente à implementação de práticas médicas o que provocou um considerável aumento da expectativa média de vida ao nascer, que já atingia 43,3 em 1950.”
Dando continuidade a esta pesquisa, Roach (p. 2, 2003) afirma que “em 1990 a expectativa de vida ao nascer era de 79 anos para mulheres, e 72,1 para os homens. Com os avanços tecnológicos na medicina, melhoria nutricional e ênfase na prevenção de doença e promoção da saúde, uma alta crescente na qualidade da saúde e uma ampliação no ciclo da vida podem ser atingidos. Em 2040, está projetado que a expectativa de vida será de 82,8 anos para mulheres e 75,9 para os homens.”
Esta melhora na expectativa de vida se deu pela diminuição da taxa de natalidade, pelos avanços da medicina, e também pelo fato da população estar cada vez mais tomando consciência de que precisa se cuidar, e que a melhor forma de fazer isto é prevenindo.
Atualmente a ideia de pessoa idosa não é mais aquela de que este é um “velho” que não pode fazer muitas coisas, que é frágil, não estuda mais, não trabalha mais, não namora, não viaja, etc, mas sim, de que, como todo mundo sabe, envelhecer é inevitável, mas podemos envelhecer com saúde.
Hoje, existe toda uma equipe interdisciplinar de saúde que se dedica ao estudo e à atenção ao idoso para atender essa demanda em todos os aspectos que esta nova fase da vida exige. São eles: médicos geriatras, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, odontólogos e musicoterapeutas.
Na Terapia Ocupacional quando falamos em atendimento ao idoso, focamos na saúde, independência, segurança e integração social, pois são os aspectos que mais sofrem modificações no processo de envelhecimento. Assim, o objetivo geral do Terapeuta Ocupacional frente a este quadro é promover o desempenho dos idosos nas atividades de vida diária, nas atividades instrumentais de vida diária, nas atividades de trabalho e nas atividades de lazer. (Barreto e Tirado, p. 1210, 2006)
Ou seja, com o processo de envelhecimento o indivíduo vai perdendo sua capacidade funcional não conseguindo, ou conseguindo com dificuldade, realizar funções que julgamos tão simples, mas que são extremamente importantes para ele como realização das atividades comumente chamadas AVD e AIVD – respectivamente, Atividades de Vida Diária e Atividades Instrumentais de Vida Diária.
AVD são aquelas atividade relacionadas ao cuidado pessoal: banhar, vestir, alimentar, fazer a higiene, mobilidade e comunicação funcional.
AIVD referem-se às atividades relacionadas à administração do ambiente de vida e estabelecem relação com o domicílio e o meio externo: comprar, preparar alimentos, administrar uso da medicação, administrar finanças, cuidar da limpeza da casa, lavagem de roupas, sair de casa para atividades diversas, usar transportes e telefone.
Assim, a atuação do Terapeuta Ocupacional se dá a partir da identificação dessas limitações através de avaliação, depois o Terapeuta Ocupacional define os objetivos do tratamento, planeja a intervenção, decide as atividades terapêuticas específicas, aplica-as e realiza avaliações periódicas, sempre com o objetivo de aumentar ou manter a independência e autonomia, proporcionando qualidade de vida.
Portanto, um idoso precisa de um Terapeuta Ocupacional quando, por fatores fisiológicos, psicológicos ou sociais, o idoso tem suas atividades cotidianas comprometidas, pondo em risco sua autonomia e independência.
 "A melhor idade é o tempo que vivemos as melhores histórias. Todo tempo é tempo para restaurar e corrigir, começar e recomeçar"


REFERÊNCIAS

BARRETO, Kátia; TIRADO, Marcella. Terapia Ocupacional em Gerontologia. In: Freitas E. [et al.]. Tratado de Geriatria e Gerontologia – 2º Ed. – Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2006.
BRASIL, Ministério da Saúde. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa: caderno de atenção básica nº 19. 1º EDIÇÃO – Brasília – DF, 2006.
PAPALÉO M, CARVALHO E. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. 2º edição – São Paulo, Editora Atheneu, 2006.
ROACH, Sally. Introdução à Enfermagem Gerontológica. 1º edição – Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2003.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Discurso do publicitário Nizan Guanaes"

Olá! Hoje é sexta feira, dia de post no blog. 
Esta semana recebi um e-mail muito intrigante e motivador para mim. Trata-se de um discurso feito pelo publicitário escolhido como paraninfo por uma turma de formandos do curso de Administração de Empresas na FAAP(BA). 
É um "longo" discurso, mas garanto que vale muito a pena ler até o final.
Espero que possa ser tão útil e motivador para você quanto foi pra mim.
 



Discurso do publicitário Nizan Guanaes





"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
 
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
 
A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo. E ela responde: Eu também não, meu filho".
 
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem, como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassú. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina.
 
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
 
É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
 
Tendo consciência de que, cada homem foi feito, para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
 
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar.
 
Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
 
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
 
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
 
E isso se chama sucesso."


Nizan Guanaes

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quem precisa de um terapeuta ocupacional?


O terapeuta ocupacional é um profissional holístico. Isso quer dizer que a sua prática envolve os aspectos físico, mental e social da vida de um indivíduo.
Busca proporcionar melhora nas condições físicas, psíquicas, cognitivas, emocionais, sociais, sensoriais perceptivas, tendo como meta a qualidade de vida.
Não podemos limitar as áreas de atuação do profissional uma vez que este campo está sendo ampliado cada vez mais.
Algumas das atuais áreas são: Ergonomia, Saúde Mental, Geriatria, Educação, Reabilitação Neurológica, Deficiências Sensoriais e Mentais, Neonatologia, Reabilitação Física, Atenção Psicossocial, Pediatria, Nefrologia, Oncologia, Dermatologia e Cardiologia.

Conheça algumas áreas do terapeuta ocupacional e leia a síntese da sua forma de atuação.
ERGONOMIA: Os conhecimentos do terapeuta ocupacional aliados aos conhecimentos específicos da Ergonomia tem o objetivo de melhorar e preservar a saúde e bem-estar dos trabalhadores bem como promover um ambiente produtivo e seguro. (COCKELL e PERTICARRARI, 2008)
O profissional atua na colocação e recolocação do trabalhador no contexto produtivo, na simplificação do trabalho, eliminação de fatores de riscos, acidentes ou incapacidades no local de trabalho. (NUNES, 2007)
Intervém na modificação das dimensões físico-ambientais, habilidades cognitivas, psicossociais (relacionamento virtual ou contato direto), melhora na relação trabalhador-trabalho-empresa e na perspectiva da saúde e do bem-estar, através de ginástica laboral, dinâmicas de grupo, orientações posturais, dentre outros.
EDUCAÇÃO/PEDIATRIA: Crianças que possuem algum tipo de desordem motora, psicológica, cognitiva ou social, podem apresentar dificuldades no desempenho escolar, no lazer, no brincar, nas atividades de vida diária ou nos relacionamentos.
O tratamento proposto pelo Terapeuta Ocupacional propõe desenvolver o máximo da autonomia da criança, suprindo suas carências educacionais, criando estratégias e recursos que tornem o aprendizado prazeroso, melhorando também a assimilação dos conteúdos, auto estima, convívio interpessoal, dentre outros.
GERIATRIA: Considerando o processo dinâmico e progressivo do envelhecimento com as visíveis mudanças físicas, psicológicas e sociais, o terapeuta ocupacional busca preservar a função ou adiar a instalação de incapacidades (prevenção), procurando tornar o ambiente do idoso o mais adaptado possível, realizando exercícios físicos, estimulação sensorial (estimular o uso dos sentidos), melhorando o desempenho deste idoso nas atividades da vida diária, ou seja, os cuidados pessoais como se alimentar, banhar, vestir, fazer higiene, mobilidade e comunicação, para torná-lo o mais independente possível.
DEFICIÊNCIA MENTAL: Considerado por muitos autores o berço da Terapia Ocupacional, na saúde mental encontra-se maior campo de atuação do profissional que busca proporcionar ao indivíduo o melhor desempenho nas atividades básicas de vida diária: estudo, trabalho, lazer e participação social.
O terapeuta realiza atividades significativas através de oficinas terapêuticas, estímulo positivo, controle de sintomas, resgate de potencialidades ou descoberta de novas habilidades, acompanhamento e reaproximação familiar, socialização e convivência.
ONCOLOGIA: Esta é uma área em ascensão onde o terapeuta ocupacional busca resgatar a independência e autonomia do paciente na realização das atividades cotidianas, dando suporte emocional ao paciente e à família, ajudando-os no processo de mudança no lar, no hospital, em sua atividade profissional e social, tendo como objetivo principal a promoção da qualidade de vida.
Algumas das práticas do terapeuta ocupacionais com o paciente oncológico são as atividades lúdicas, manuais, artísticas e expressivas, exercícios terapêuticos, massagem, relaxamento, alongamento, confecção de órteses, indicação de equipamentos de auxílio adaptação, acolhimento, apoio e escuta.

Em todas estas áreas, o terapeuta ocupacional desenvolve programas de prevenção, promoção da saúde e qualidade de vida, reabilitação, e inserção biopsicossocial.

COCKELL, Fernanda; PERTICARRARI, Daniel. Introdução à Ergonomia. Espírito Santo: Copyright © ESAB, 2008.

NUNES, Ciomara. Saúde do Trabalhador e Ergonomia. In: Cavalcanti A, Galvão C. Terapia Ocupacional: Fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007

OTHERO, Marília. Terapia Ocupacional (Recursos e Suporte). Disponível em http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?cat=4&id=210&menu=4, Acesso em 27 jan. 2011.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Terapia Ocupacional

- Que curso você faz?
- Faço Terapia Ocupacional.
- Ahhh, tá. Legal... (longa pausa). Mas essa profissão faz o quê mesmo?

Muitos outros terapeutas ocupacionais, principalmente do norte e nordeste onde a profissão ainda está sendo disseminada, já viveram cenas similares.
As pessoas perguntam: o que é Terapia Ocupacional? É ocupar pessoas? O que faz este profissional?
Os termos 'terapia' e 'ocupacional' de acordo com o Aurélio (2009) significam:
Terapia: terapêutica. Parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar doentes.
Ocupacional: relativo a trabalho, ocupação.
Ocupação: ato de ocupar-se em uma atividade, serviço, trabalho manual ou intelectual.
Na Terapia Ocupacional, ocupação são as coisas rotineiras e familiares que as pessoas se envolvem e que fazem ao longo de suas vidas para preencher seu tempo e lhes trazer significado. (AOTA apud SILVA, 2007)
Ou seja, ocupação é tudo aquilo que você realiza diariamente, envolvendo seus aspectos físicos, psíquicos e sociais: o ato de pentear o cabelo, escovar os dentes, abotoar a roupa, ir ao banco, digitar, escrever, assistir a um filme, jogar futebol, comer, andar, etc.
Essas ocupações que desenvolvemos diariamente parecem tão simples, e realmente são, mas para aqueles que não têm nenhum tipo de disfunção física ou psíquica que dificulte a realização de tais atividades.
Por exemplo, um paciente com paralisia cerebral tem principalmente a sua função motora atingida, portanto, pode apresentar dificuldade de andar ou nem mesmo andar, em alguns tipos de paralisias mais severas, necessitando de cadeira de rodas ou auxiliares de locomoção. Além de serem observados os aspectos escolares e familiares, sendo a aceitação e contribuição familiar essenciais para o tratamento.
Para a World Federation of Occupational Therapy (1993), o terapeuta ocupacional envolve o cliente em atividades destinadas a promover o restabelecimento e o máximo  uso de suas funções com o propósito de ajudá-lo a fazer frente às demandas de seu ambiente de trabalho, social, pessoal e doméstico e a partir da vida em seu pleno sentido.
A Associação Irlandesa de Terapia Ocupacional (1996) define a profissão da seguinte forma:
"A Terapia Ocupacional objetiva resolver problemas práticos utilizando atividades selecionadas. Sua meta é favorecer que cada pessoa consiga um estilo de vida tão independente quanto for possível."
Portanto, o terapeuta ocupacional é o profissional que trabalha na prevenção, tratamento e reabilitação proporcionando ao indivíduo, por meio de atividades terapêuticas ou adaptações, a facilitação da realização dessas funções.
Assistam  este vídeo sobre a profissão: Terapia Ocupacional


SILVA, Silmara. In: Cavalcanti A, Galvão C. Terapia ocupacional: Fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 

AOTA (American Occupational Therapy Association) apud SILVA. In: Cavalcanti A, Galvão C. Terapia Ocupacional: Fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.